“Há toda uma geografia nas pessoas, com linhas duras, linhas flexíveis, linhas de fuga...
Só se descobrem mundos através de uma longa fuga quebrada.
Fugir não é exatamente viajar, nem mesmo mexer-se. As fugas podem fazer-se permanecendo no mesmo lugar.
Uma fuga é uma espécie de delírio”.
As narrativas que cada um constrói para si próprio são frequentemente bastante superficiais e sem grande densidade. Deixamos perderem-se num lugar desconhecido catadupas de sensações, pensamentos, perceções, afetos... Interessa-nos pesquisar sobre modos de revisitação destas diferentes memórias, o formato diário e o depósito sem fundo dos dias. A tarefa mais simples pode conter grande amplitude de variação e descoberta.
“Mais importante que as hereditariedades, as descendências, são as alianças, as misturas, os contágios, o vento”. Experimentar o cruzamento de narrativas, a baralhação, a colagem. Intercâmbios, mutações, à procura de novas intensidades. “Fazer do corpo uma potência que não se reduz ao organismo, fazer do pensamento uma potência que não se reduz à consciência.”
Teatro Helena Sá e Costa
4 e 5 de maio - 21h30
6 de maio - 16h00
Criação e Direção Artística
André Braga e Cláudia Figueiredo.
Assistência à Direção Artística
Paulo Mota
Interpretação e Cocriação:
Ana Mula, Gaëlle Hauger, Leonor Guise Carvalho, Maria Caetano Vilalobos, Paulo Mota, Pedro Domingos, Rolando Galhardas, Susana Brandão e Tanya Ruivo
Assistência a Cenografia e Figurinos:
Cláudia Ribeiro e Mariana Tudela
Som:
André Braga em colaboração com Marco Ferreira (THSC)
Luz:
André Braga em colaboração com Pedro Abreu (THSC)
Produção:
Susana Brandão
Apoio à produção:
Leonor Guise Carvalho