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Publicado em: 21 Abril 2020

Revisitar o palco do THSC

L'Europe Galante, de André Campra. Transmissão em 22 de abril, 21h30. Ópera apresentada no THSC em março de 2019
Direção Musical: Benjamin Chénier
Direção Cénica e Coreográfica: Catarina Costa e Silva
Colaboração especial: La Portingaloise

Pela Orquestra Barroca e Cantores do Curso de Música Antiga da ESMAE

Esta ópera teve lugar no Teatro Helena Sá e Costa em 16 de março de 2019

Para assistir: www.esmae.ipp.pt/revisitar-palco-thsc

Aceder à folha de sala do espetáculo (pdf)...



L' Europe Galante (1697) de André Campra

No final do século XVII, e após a morte de Jean-Baptiste Lully (1632-1687), a corte francesa de Luís XIV mantinha o seu entusiasmo pelo grande espetáculo e pela novidade. Foi neste contexto que André Campra (1660-1744) desenvolveu um novo género musico-teatral – ópera-ballet – inaugurado por Pascal Colasse com o Ballet des Saisons dois anos antes.

Neste final do século XVII, a tragédia lírica de Lully já não satisfazia uma corte cada vez menos interessada em narrativas mitológicas e mais ávida de divertimento e de conteúdos mais mundanos; a estrutura formal clássica com prólogo e cinco atos dedicada a uma só estória foi substituída pela organização em prólogo e quatro entrées, viabilizando cada uma destas a experiência refrescante de um reset: um novo começo, com uma nova estória, num novo cenário, novos personagens que cantam em diferentes línguas, enfim, uma sequência de variedade apenas aglutinada pela temática ligeira de intrigas e sucessos amorosos. Distanciando-se do conteúdo e gesto trágico-mitológico, esta fórmula aproximava-se de uma dimensão mais humana e cortesã, e mais verosímil. O merveilleux é aqui substituído pelo espetacular, onde o efeito de sucessão de cenas distintas contribuía para uma diversidade que captaria olhos e ouvidos a cada momento.

Sendo a primeira versão (1697) desta obra intitulada Europe Galante - Ballet mis en musique, a dança - essa arte tão querida aos franceses e patrocinada pelo rei bailarino Luís XIV – é, desde o início, parte fundamental da sua criação. Duas das danças originais de Louis-Guillaume Pécour (1653-1729), aqui interpretadas pois chegaram até nós em registo coreográfico na então criada notação Beauchamps-Feuillet.

Nesta produção apenas visitámos excertos desta viagem passando pela França, pela Espanha e pela Turquia. No final, tudo termina com o dueto entre a alegoria Discórdia e a deusa Vénus, onde o Amor vence e assim se afirma que este é sempre o melhor remédio para garantir a paz e a harmonia.

Catarina Costa e Silva (2019)



Ficha Artística e Técnica

FRANÇA

Céphise Eunice Abranches D’Aguiar

Berger David Hackston

Doris Daniela Duarte

ESPANHA

Dom Pedro José Carlos Mateus

Dom Carlos Jorge Castro

Espagnole Carolina Bermejo

Espagnol Francisco Ricardo

TURQUIA

Zaïde Bianca Alves

EPÍLOGO

Discorde Daniela Matos

Venus Eunice Abranches D’Aguiar

 

Ensemble Portingaloise

Alexandra Canaveira de Campos

Catarina Costa e Silva

Inês Negrão

Thiago Vaz

 

Direção cénica e coreográfica Catarina Costa e Silva

Orquestra Barroca da ESMAE

Direção musical Benjamin Chénier

Desenho de luz João Castro Gomes

Tradução e legendas Catarina Costa e Silva

Agradecimentos Curso de Figurinos da ESMAE e Curso de Luz e Som da ESMAE


 

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