Diálogos Novos
Contrastes e processos: análise de Terretêktorh (Xenakis) e Sequenza III (Berio)
Apresentação #1
Estrutura, Espaço e Tempo na obra Terretêktorh de Iannis Xenakis
(Carlota Dias, Fernando Ribeiro, Gil Morais e Mariana Firmino)
O objeto de estudo deste trabalho foca-se essencialmente na análise da organização estrutural e conceptual da obra Terretêktorh de Iannis Xenakis, quer relativamente à disposição da formação orquestral e do público, quer no que respeita às relações de espaço, tempo e movimento que se manifestam nesta composição. Salienta-se particularmente a aplicação de processos matemáticos e geométricos, que permitem dotar a obra de um sentido de movimento das fontes sonoras, podendo evocar, de acordo com ideias expressas pelo próprio compositor, sons presentes na Natureza.
Apresentação #2
Sequenza III de Berio: Continuidade ou descontinuidade? O papel do texto e do timbre para a definição da forma da obra
(Ana Beatriz Sousa, Ana Rosa, Leonor Figueiredo e Patrícia Gonçalves)
Nesta apresentação, iremos abordar Sequenza III, uma peça para soprano solo, composta em 1956 por Luciano Berio. O nosso foco principal é definir a forma da peça à luz das práticas composicionais comuns na época, tal como analisadas por teóricos posteriores como Jonathan Kramer (1988). Olhamos, assim, para a obra de perspetivas diferentes: uma, focada na amálgama de timbres produzidos pela voz, a qual, graças aos muitos contrastes imprevisíveis, sugere descontinuidade; e uma outra focada no tratamento do poema usado, que permite reconhecer um sentido de continuidade e direcionalidade ao longo da peça.