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Publicado em: 11 Abril 2024

Diálogos com Análise - Transcrição como "Transcriação"

Transcrição como "Transcriação" - com Igor Leão Maia, 17 de abril, das 15h00 às 16h30, na sala 1.6

Transcrição como "transcriação":

uma análise de Zwei Liszt - Transkriptionen de Heinz Holliger

 

A iniciativa 'Diálogos com Análise' reúne Igor Leão Maia - maestro, compositor e professor da Universidade Federal de Minas Gerais -, com a comunidade da ESMAE para uma análise da obra 'Zwei Liszt – Transkriptionen' de Heinz Holliger, explorando o tema da Transcrição como 'Transcriação'. A conversa irá decorrer na sala 1.6, das 15h00 às 16h30, no dia 17 de abril (quarta-feira).

Esta apresentação analisa a orquestração de Heinz Holliger de duas peças tardias para piano de Franz Liszt, Nuages gris e Unstern!. Através de sua orquestração intitulada Zwei Liszt-Transkriptionen, Holliger oferece uma visão única das composições de Liszt, realçando as suas qualidades inovadoras. A apresentação procura compreender a abordagem criativa de Holliger ao transformar o material do piano, combinar timbres instrumentais, e estruturar a peça como uma obra orquestral. Para isso, primeiramente comparamos a visão de transcrição de Holliger com as de Luciano Berio e Pierre Boulez. Através de sua técnica de overpainting, Holliger adiciona camadas ao material original, mas preservando sua essência. A análise revela algumas técnicas de orquestração e procedimentos colocados por Holliger, incluindo o uso de inserções melódicas e texturais, glissandos, trémolos e técnicas estendidas, contribuindo para sonoridades e timbres únicos na sua composição.

 


Franz Liszt foi um compositor, pianista, maestro, professor e terciário franciscano húngaro do século XIX. É amplamente considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos e um dos principais expoentes do Romantismo musical. Liszt foi também um revolucionário da técnica de piano, desenvolvendo novas abordagens para o instrumento que desafiaram os limites técnicos dos pianistas da época. Além disso também introduziu novas formas musicais, como o "poema sinfónico", que combinava música e narrativa programática.

 

Biografias:

Igor Leão Maia
é compositor e maestro, professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, no Brasil. É doutorado em composição musical pelo Kings College London, com bolsa da CAPES (Ministério da Educação) e sob orientação da professora Silvina Milstein e do professor George Benjamin. Fez a licenciatura em composição e teoria musical pelo Conservatório Real de Haia (Holanda) e fez o seu mestrado em música pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob orientação do professor Dr. Silvio Ferraz, com bolsa da Fapesp. Como compositor a sua música tem sido tocada em diversos concertos e festivais na Europa, Américas e Japão. Teve aulas e formações com renomados compositores como Isabel Mundry, Brian Ferneyhough, Martin Matalon, Jukka Tiensu, Toshio Hosokawa, Francesco Filidei, Liza Lim, entre outros. As suas composições foram tocadas por várias orquestras e ensembles, como a Bournemouth Symphony Orchestra, Holland Symfonia, Camerata Aberta, Ensemble Reconsil, Ensemble Linea, Lontano, Callioppée, Modelo 62 e Orquestra Sinfónica Municipal de Campinas. Foi também distinguido com importantes Prémios como o 1º Prêmio do Festival Tinta Fresca 2019, 2º Prémio do Concurso de Composição Pablo Casals (França), BMI Student Composer Award (EUA), o Prémio da Fundação Nacional das Artes (FUNARTE) de Composição Clássica em 2010 e 2016 e o Prémio do II Concurso Nacional de Composição Música Hoje. Como maestro, atuou na Alemanha, Brasil, Espanha, Holanda e Reino Unido. Foi maestro assistente da Orquestra Sinfónica do Kings College London (KCLSO) durante o ano de 2017 e maestro associado do Goodensemble (Goodenough College, Londres) de outubro de 2016 a dezembro de 2017.

Fonte: escavador.com 

Heinz Robert Holliger
(nascido em 21 de maio de 1939) é um oboísta virtuoso suíço, compositor e maestro. Célebre pela sua versatilidade e técnica, Holliger está entre os oboístas mais proeminentes da sua geração. O seu repertório inclui peças barrocas e clássicas, mas tem-se envolvido regularmente em peças menos conhecidas de música romântica, bem como nas suas próprias composições.

Heinz Robert Holliger estudou oboé com Emile Cassagnaud no Conservatório de Berna e composição com Sándor Veress. A partir de 1958 prossegiu a sua formação com Yvonne Lefébure (piano) e Pierre Pierlot (oboé), em Paris. Entre 1961 e 1963 estudou composição com Pierre Boulez, na Academia de Música de Basileia. Depois de ganhar os primeiros prémios em concursos internacionais de música (Genebra 1959, Concurso Internacional de Música da ARD 1961), Holliger começou a dar concertos em todo o mundo como oboísta. Compositores contemporâneos como Hans Werner Henze, Krzysztof Penderecki, György Ligeti, Elliott Carter, Witold Lutoslawski, Karlheinz Stockhausen e Luciano Berio escreveram composições especialmente para ele. Entre as suas realizações notáveis está a redescoberta de obras esquecidas de compositores do século XVIII, como Jan Dismas Zelenka e Ludwig August Lebrun.

O trabalho composicional de Holliger abrange diversos géneros, desde obras de palco até obras orquestrais, solo e de música de câmara, até inúmeras peças de voz. Quase todas as composições evidenciam uma procura incansável pelas fronteiras do som e da linguagem. Executou obras contemporâneas com a harpista Ursula Holliger. Compositores como Berio, Carter, Henze, Krenek, Lutosławski, Martin, Penderecki, Stockhausen e Yun escreveram obras para ele. Holliger é um notável compositor, escrevendo obras como a ópera Schneewittchen (1998). Em 1986 trabalhou na peça Zwei Liszt-Transkriptionen, como tentativa de traduzir os últimos trabalhos de Liszt, despojados de todas as cadeias harmónicas.

Fonte: schott-music.com 

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