Pesquisa Artística em Interpretação - Ana Zão
"Dor nos músicos: prevalência, impacto na performance e fatores associados"
Aula Aberta - no âmbito da Unidade Curricular ‘Pesquisa Artística em Interpretação’ do Mestrado em Música - Interpretação Artística
4 de junho (quarta-feira), às 11h30, na sala 1.7
A ESMAE encerra o ciclo de palestras “Pesquisa Artística em Interpretação” com a participação da médica e investigadora Ana Zão, Doutorada em Investigação Clínica e em Serviços de Saúde pela Universidade do Porto e alumnus da ESMAE. A sessão realiza-se no próximo dia 4 de junho (quarta-feira), às 11h30, na sala 1.7.
Com o tema “Dor nos músicos: prevalência, impacto na performance e fatores associados”, esta palestra traz ao debate um dos problemas de saúde mais comuns no meio musical: a dor física associada à prática instrumental. A partir de um estudo pioneiro em Portugal, conduzido no âmbito do Programa Doutoral da FMUP, Ana Zão — também formada em performance pianística — apresenta dados relevantes sobre a incidência da dor em músicos profissionais e estudantes de música, e analisa os fatores que contribuem para o seu desenvolvimento e agravamento.
Este ciclo de palestras, realizado em âmbito de aula aberta pretende motivar os futuros artistas e intérpretes a fomentar a exploração de ideias e reflexão sobre a sua própria atividade, com vista a desenvolver autonomia e novas competências numa abordagem pluridisciplinar, envolvendo musicologia aplicada, tecnologia/inteligência artificial (IA) e prática performativa.
O programa do ciclo de Palestras 'Pesquisa Artística em Interpretação' pode ser consultado AQUI
Resumo:
Um estudo inovador em Portugal, desenvolvido pela médica e docente do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), Ana Zão, no âmbito do Programa Doutoral em Investigação Clínica e em Serviços de Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), revelou quais os principais fatores associados ao desenvolvimento de dor em músicos profissionais e estudantes de música, lançando pistas para uma avaliação mais precisa e um tratamento mais abrangente, também centrado na prevenção. Sabe-se que a dor é o problema de saúde mais comum nos músicos, sendo fundamental atuar preventivamente. Apesar dos progressos verificados no que ao diagnóstico e tratamento diz respeito, os programas preventivos ainda escasseiam. “Para colmatarmos este problema, é essencial compreender o que origina os quadros de dor, o que os potencia e quais os fatores de risco. É esta a linha de investigação que está subjacente a este trabalho”, explica Ana Zão, formada enquanto performer de piano. Segundo Ana Zão, estes indicadores reforçam “a necessidade de implementação de boas rotinas em termos de programas de exercício e outras estratégias, como a prática mental – ou seja, aspetos mais específicos relacionados com performance que nos dão pistas sobre como melhorar do ponto de vista de formação académica dos músicos”.