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Publicado em: 30 Outubro 2025

Dramaturgias itinerantes/Dramaturxias itinerantes - 8.ª Edição

10 de novembro, às 16h00, no Centro de Cultura Politécnico do Porto. 11 de novembro, às 17h00, na Escola Superior de Arte Dramática de Galicia.

A oitava edição das Dramaturgias Itinerantes//Dramaturxias itinerantes chega em novembro com duas propostas que reforçam o diálogo teatral entre a Galiza e Portugal. Este ano, o projeto apresenta ‘As que limpan’, da companhia galega A Panadaría, e A morte da sereia’, da dramaturga portuguesa Inês Filipe.

Os espetáculos terão lugar a 10 de novembro, no Centro de Cultura Politécnico do Porto, às 16h00, e a 11 de novembro, na Escola Superior de Arte Dramática da Galiza, em Vigo, às 17h00.

Desde a sua criação, as Dramaturgias Itinerantes mantêm o propósito de valorizar e dar visibilidade à escrita dramática contemporânea feita por mulheres de ambos os lados da fronteira. O projeto, promovido pelo Consello da Cultura Galega, pelo Instituto Camões, pela ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo e pela ESAD da Galiza, propõe a apresentação de leituras dramatizadas, conversas com as autoras, e também a publicação digital dos textos, permitindo que as obras cheguem a novos públicos e que se perpetuem para além do palco.

Nesta edição, o fio condutor volta a ser o olhar das mulheres sobre a sua própria realidade. Tanto a companhia A Panadaría, com a sua sátira social ‘As que limpan’, como Inês Filipe, com a simbólica ‘A morte da sereia’, exploram as tensões entre género, poder e tradição — temas que atravessam fronteiras e épocas.

'As que limpan', assinada por Areta Bolado, Noelia Castro e Ailén Kendelman, parte do humor e da interação direta com o público para denunciar a precariedade laboral das camareiras de piso nos hotéis. Um espetáculo irreverente e político que transforma o riso em ferramenta de resistência.

Em contraponto, 'A morte da sereia' revisita 'A Dama do Mar', de Henrik Ibsen, reinterpretada à luz de Susan Sontag, num jogo de metateatro que interroga as convenções familiares e as imposições sociais sobre o corpo e o desejo feminino.

Ambas as obras partilham uma mesma força motriz: a denúncia da opressão que limita a vontade e a autonomia das mulheres, quer no trabalho, quer nas relações pessoais. As autoras convidam o público a refletir e, no caso de A Panadaría, a tomar posição, perante uma realidade que continua a exigir transformação.

As Dramaturgias itinerantes/Dramaturxias itinerantes afirmam-se como um espaço de cooperação cultural transfronteiriça, unindo instituições, escolas e criadoras num movimento de renovação do panorama dramatúrgico ibérico.

Esta colaboração constante entre o Consello da Cultura Galega, o Instituto Camões, a ESMAE e a ESAD da Galiza é essencial para manter viva esta ponte criativa entre o Porto e Vigo — uma viagem que, a cada edição, continua a reinventar a arte de dizer e escutar em cena.

 

Programação

10 de novembro – 16h00
Centro de Cultura Politécnico do Porto (Praça do Marquês de Pombal, 94 – Porto)

11 de novembro – 17h00
Escola Superior de Arte Dramática da Galiza (Rúa da Poza Cabalo, 1 – Vigo)

 Programa: Folheto (PDF)....


 

 

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