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Publicado em: 21 Novembro 2025

SANKOFA: a viagem criativa de Edmilson Gomes integra Outros Formatos IV

6 de dezembro, às 21h30, no Centro Cultural de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira).

O gesto de regressar para avançar. A memória que incendeia o corpo. A pergunta que ecoa: Qual é a melhor forma de chegar a um lugar?

É deste impulso que nasce SANKOFA, criação de Edmilson Gomes, aluno do Mestrado em Artes Cénicas – área de especialização Criação Teatral, da ESMAE. A peça foi selecionada, por open call, para integrar o programa 'Outros Formatos IV (2025)', promovido pelo Ballet Contemporâneo do Norte.

A peça, que se instala entre o íntimo e o político, convoca o movimento, a palavra e a pulsação da memória para desenhar um mapa de deslocações — internas, históricas, coletivas. Em palco, quatro intérpretes atravessam as múltiplas velocidades do existir, entre o impulso de fuga e o desejo radical de chegar.

Estreia a 6 de dezembro de 2025, às 21h30, no Centro Cultural de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira), com entrada livre.

Sinopse:

Qual é a melhor forma de chegar a um lugar?
Tu, que tens mais estrada, que trazes uma porta no peito,
Tu que és dessas fibras que ressoam o tremor das trombetas e dos mísseis,
Tu que fremes nos músculos o murmúrio constante das memórias, dos medos e das gargalhadas.
Ou, Vossa Excelência, que se ocupa das grandes questões,
Do urbanismo e da urbanidade,
Que faz o que se vê pelo mundo,
Qual é a melhor forma de chegar a um lugar? 

Corre agora para não ter de correr depois,
Não corre menos por desejar muito,
Sabe que já correu no sentido certo e no seu oposto,
Porque já correu em todas as direções,
Sem saber se a urgência que o empurra é pressa de chegar ou razão de fugir.
Qual é a melhor forma de chegar a um lugar?

ESTREIA 6 dezembro 2025 | 21h30 | Centro Cultural de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira) | entrada livre

Fotografias: @balletcnortewww.
www.balletcontemporaneonorte.com

Ficha Artística e Técnica

Concepção: Edmilson Gomes

Interpretação e Coreografia: Dinis Quilavei, Filipa Duarte, Mariana Pontes Barbosa e Rafael Pinto

Desenho de Luz: Pedro Abreu

Composição Musical: Pedro Augusto

Cenografia: Colectivo Suspeito

Figurinos: Beatriz Filomeno

Produção: BCN e Liliana Claro

Fotografia: Miguel Refresco

Curadoria: Susana Otero

Apoio e co-produção: Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e Cineteatro António Lamoso.

O Ballet Contemporâneo do Norte é uma estrutura financiada pela Direção Geral das Artes e pelo Ministério da Cultura, Juventude e Desporto.

Edmilson Gomes

Edmilson Gomes (São Tomé, 1996) é ator e investigador.

A sua formação combina duas áreas: Ciência Política e Teatro. Frequenta o Mestrado em Artes Cénicas – Criação Teatral na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo – Instituto Politécnico do Porto (ESMAE-IPP). Concluiu o Mestrado em Ciência Política (2020) e a Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais (2018) na Universidade da Beira Interior. Frequentou o curso de Interpretação na In Impetus – Escola de Atores (2014/15). Integrou o grupo de teatro universitário TEATRUBI (2015-2019) e trabalhou na companhia ASTA Teatro (2020-2024), onde, para além de ator, participou na implementação de projetos internacionais nas áreas da cultura e da educação. Paralelamente, tem desenvolvido trabalho na área da escrita. Recebeu o Prémio Literário Aquilo Teatro – Novas Dramaturgias (2021), foi selecionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores, na categoria de Literatura (2022), convidado a escrever um conto para um projeto da Fundação José Saramago (2023) e semifinalista no Prémio Internacional Pena de Ouro (2023).

Sobre IV OUTROS FORMATOS

Esta edição de 2025 do programa Outros Formatos - Linhas Imaginárias - propôs a criação de uma peça com o elenco da companhia, beneficiando de acompanhamento dramatúrgico, residência de investigação/criação e apresentação em Santa Maria da Feira. O BCN desafiou o desenvolvimento de trabalhos que promovessem uma leitura multidisciplinar do enquadramento teórico-conceptual do programa bianual do BCN: o díptico História/Futuro.

Pretende-se, com este programa, intensificar e ampliar relações profissionais com pessoas criativas emergentes, cujas práticas de criação e investigação o BCN quer apoiar e fortalecer, desta vez com um interesse particular na comunidade afro-descendente e diaspórica. Neste enquadramento, o programa apresenta-se na sua condição de laboratório experimental / experencial, operando criticamente nas áreas da criação, interpretação, investigação, educação e inclusividade.

 

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