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Publicado em: 20 Julho 2018

Ópera - THSC

Sábado, 21 - domingo, 22, às 21h30 - entrada livre*

Teatro Helena Sá e Costa

(Entrada livre - até ao limite de lotação da sala)


La Donna di Genio Volubile

Música de Marcos Portugal

Libreto de Giovanni Bertati

 

Quatro homens conduzem o seu jogo de sedução de modo a enredar nessa malha uma mulher, La Donna, criatura volúvel, incapaz de persistir numa escolha, dona de caprichos que a vão enredando na sua própria volubilidade. Presa na armadilha da sua indecisão, ela vai tentando por todos os meios encontrar uma razão que sustente uma escolha, mas, assim que a faz, logo outras razões a levam a rejeitar o que antes era certo. E a indecisão persiste ao longo de quatro penosos anos, para ela que não escolhe, e para os quatro homens que nunca mais são escolhidos. Há, porém, um amor modelo que se apresenta no horizonte. Um amor ao lado, longe de fidalguias e salamaleques, mas genuíno e pulsante porque livre dessas grilhetas sociais: o amor entre os criados, sombras dos gestos fidalgos e das grandezas da aristocracia cheia de regras e classe. Mas nem esse amor inspira a mulher volúvel. Numa viagem por alguns momentos musicais inspirados, o círculo fecha-se, viciado, quase como se inaugurara. Esta ópera de Marcos Portugal, inscrita no género buffa, sabe-se que foi cantada em algumas das principais salas da europa. Estreia em 1796, em Itália, no Teatro de San Moisè em Veneza. Dois anos depois, Génova e Dresden. Em 1799, estreia portuguesa em Lisboa, no Teatro de São Carlos, Barcelona e Milão. Em 1801, Madrid. E em 1804, La Donna di Genio Volubile arrastava a sua inquietação amorosa e a sua incapacidade de decidir no Teatro Italiano, em Paris, programada - diz-se - pela mesma importante figura que mandara reerguer o velho teatro e o reinaugurara, poucos anos antes, com uma outra ópera de Marcos Portugal - e aqui está uma insistência que importa referir. Esse improvável programador chamava-se Napoleão Bonaparte. La Donna, (que tinha sido estreada em Itália uns anos antes sem grandes encómios da crítica), imediatamente depois desta montagem em Paris, haveria de arrastar a sua indecisão no Porto, no Real Theatro do Príncipe, em 1805, pela mão da Senhora Dona Carolina Grifonni, primeira dama da companhia italiana, numa efusiva oferta à ilustríssima e excelentíssima senhora D. Maria Rosa Brandão Alvo Godinho Perestrelo Pereira de Azevedo, Viscondessa de Balsemão. Fica-nos a saudosa inquietação de ter havido ainda a possibilidade de uma volúvel tentação carioca nos anos que se seguiram...

António Durães

 

Direção Artística: António Salgado

Coordenação Musical: Luís Duarte e António Salgado

Encenação: António Durães

Direção de Movimento: Cláudia Marisa

Direção vocal: Rui Taveira e António Salgado

Cenografia: Marta Silva

Assistente de Cenografia: Inês Mota

Figurinos: Hugo Bonjour

Assistente de Figurinos: Letícia dos Santos

Desenho de Luz: Rui Damas

Operador de Luz: Fernando Coutinho

Direção de Cena: Andrea Graf

Produção: António Salgado, Rui Damas e Mariana Barros

Assistente de Produção: Isabel Barros

Registo Audiovisual: Serviços Audiovisuais da ESMAE

 Transcrição Moderna do manuscrito da ópera de M. Portugal: David Cranmer (investigador do CESEM)

Coordenação do CESEM-P.Porto: Ana Liberal

Coprodução: Ópera Estúdio da ESMAE/Licenciatura em Música (Canto)

Pós-graduação em Ópera e Estudos Músico-Teatrais da ESMAE

 

Intérpretes

Condessa (soprano): Raquel Mendes

L´Amica (soprano): Teresa Queirós/Isabel Araújo

Cecco - criado (barítono): Sérgio Ramos

Ghita - criada (mezzo): Rafaela Monteiro

Cavalieri (tenor): Miguel Reis

Cicínio (tenor buffo): Gabriel Neves

Don Coriolano (barítono): Ricardo Rebelo

Don Salústio (baixo): Francisco Reis

Figurantes: Gustavo Queirós, Maria Mendes, Teresa Queirós e Ana Alexandra

Piano/Cravo: Luís Duarte

Correpetidores: Luís Duarte e Angel Gonzalez

 

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